Pretendo com este modesto blog compartilhar com os amigos as minhas algumas criações e estimular a leitura de grandes obras de arte, comentários sobre museus e viagens, restaurantes e uma série de coisas boas. Garanto que você vai gostar, mais ou menos, mas vai !
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Ariel, de Silvia Plath
Estancamento no escuro.
Então um azul sem substância
De penhascos e distâncias.
Leoa de Deus,
Crescemos como tal,
Pivô de calcanhares e joelhos! - O sulco
Divide e passa, irmã do
Arco castanho
Do pescoço que não posso abraçar,
Olhos negros
Sementes forjam escuros
anzois...
Goles de sangue negro e doce,
Sombras.
Algo mais
Arrasta-me pelo ar -
Coxas, cabelos;
Lascas de meus calcanhares.
Branca
Godiva, descasco -
Mãos mortas, necessidades mortas.
E agora eu
Espuma ao trigo, um brilho de mares.
O choro da criança
Derrete-se na parede
E eu
Sou a flexa,
Orvalho que voa,
Suicida, que se lança
Dentro do vermelho
Olho, o caldeirão da manhã.
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Um comentário:
Gostaria de ver aqui o poema " o espelho" da mesma autora.
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