"Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir uma parte
na outra parte
— que é uma questão
de vida ou morte —
será arte?"
("Na Vertigem do Dia", in Jornal de Poesia)
(È necessário que se leia sempre o "TRADUZIR-SE" ! Minha observação.
Um comentário:
Querido amigo sumido!!
Que oportuno este poema, eu o adoro!
Escrevi uma crônica hoje em meu blog, reflete o que penso sobre meus amigos, "os especiais"...
Leia, reflita, comente, divague...
não parte por mais de 24 horas...
Um beijo!
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