quinta-feira, 10 de junho de 2010

Não vou por aí, de José Regis

“Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátrias, tendes tetos,
E tende regras, e tratados, e filósofos, e sábios.
Eu tenho a minha loucura!
Levanto-a como um facho a arder na noite escura...

Deus e o diabo é que me guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principío nem acabo,
Nasci do amor que há entre deus e o diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: “Vem por aqui”!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se levantou,
É um átomo a mais que se animou...

Não sei por aonde vou,
Não sei para onde vou,
SEI QUE NÃO VOU POR AÍ !”

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Um comentário:

Anônimo disse...

josé régio, n?