sexta-feira, 31 de agosto de 2012

POESIA: ESTE SILÊNCIO , de Jorge Bichuetti



Nenhuma voz, nem grito;

não escuto a canção do vento.

nem ouço meu sibilante coração...

Mergulhado neste profundo silêncio,

a vida passa e nada noto,

ela voa e não vejo as nuvens;

sinto somente na pele

as marcas do tempo

e desnudo, percebo o horizonte:

o azul não precisa de palavras,

ele é... o infinito que, no silêncio,

canta... com risos e prantos,

semeando mudas e sementes

que me inunda de alegria ao ver-me,

simplesmente, ponto faíscante no espaço sem fim;

uma pequenez embriagada pelos eflúvios da imensidão.



No silêncio, eu não sou;

mas, caminho estando entre a chegda e a partida,

entre a claridade e a escuridão...

Nele, eu sou um vagalume no meio da

ciranda dos deuses, um cisco no útero sideral:

eu sou u'a flor na janela da vida,

esperando escutar a derradeira seresta.

para seguir além sendo tão-somente

o bailado da folha seca que aduba o solo,

refazendo a roda-viva da procriação...



(Blog de Jorge Bichuetti Poesia Ativa)



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